Ora bem, tive esta ideia agora mesmo.
Não entrei em pormenores por não ser boa com eles xp.
Espero que gostem e comentem por favor. Ajudem-me a melhorar (:
Bares completamente cheios de pessoas sem vida própria a tentar a todo o custo arranjar um par para a noite. Nada sério, nada casual.
Eu até me podia incluir no grande círculo de pessoas sem vida. Os meus dias eram passados a trabalhar arduamente para ganhar um ordenado miserável e gastar uma boa parte da minha sanidade mental. E esse era provavelmente o maior motivo da minha presença naquele local imundo, onde os odores a suor e a fluídos corporais mais íntimos circulava de forma intensa.
O meu vestido apenas me cobria até aos joelhos, e o seu decote mostrava mais do que qualquer pessoa desejaria. A cor não era berrante, apenas um azul escuro e uma faixa preta na cintura.
Precisava sair do cubículo que era a minha casa, da loucura dos meus vizinhos, da pressão do meu trabalho. Talvez precisasse apenas de deixar de ser eu por apenas uma horas e ser alguém destemido.
Olhei o tal círculo de sem-vidas que me rodeava, como se procurasse um alvo. Talvez até procurasse. Ou talvez esse alvo me procurasse a mim de uma forma inimaginável. Encostei-me ao bar sem me dar ao trabalho de pedir uma bebida. Não tencionava ficar ali muito tempo.
Não vi ninguém que chamasse a minha atenção. Mariana sempre me dissera que os meus padrões relativamente a rapazes eram demasiado altos. Talvez fossem. Talvez eu apenas quisesse o mínimo, ser amada.
Mas não era esse o caso. Apenas queria sexo, queria distrair-me, queria ser rebelde uma vez apenas.
Suspirei já farta daquele ambiente tosco e caminhei até á saída, começando já a pensar que talvez toda esta ideia fosse uma coisa absurda e sem fundamento. Senti uma mão no meu ombro e virei-me repentinamente, assustada.
-
Calma... - vi um rapaz sorrir para mim. Admito que fiquei perplexa ao ver a beleza dele. Nada de extraordinário, mas a sua beleza era invulgar. Pelo menos, para mim era. -
Sou o Dougie. Já ias embora?-
Amy. Já. Não costumo perder tempo em locais destes, muito menos quando o ambiente está de cortar á faca. - respondi ainda confusa.
Ele apenas riu. Claro, com uma doida á frente dele.
-
Então eu faço-te companhia. - sorriu para mim.
Não perdia tempo, mas tempo era algo que eu não tinha de sobra, portanto, até era agradável. Vestiu o casaco e ajudou-me a vestir o meu, saindo comigo depois.
Não sei bem o que me deu a seguir. Poucos segundos tinham passado, aliás, pensava eu. Naquele momento não conseguia pensar em nada direito, parecia estar completamente hipnotizada por algo. E estava.
Dei por mim encostada á parede do parque de estacionamento, junto ao seu grande carro preto e, por sinal, caro, com ele colado a mim, a beijar-me. Encaminhei-nos até ao seu carro, sem deslocar o meu corpo do seu.
Seguimos até á minha casa. Mal entrámos, ele puxou-me pela mão até ao quarto, abrindo a porta com o pé enquanto me beijava. O seu calor e sabor eram viciantes. Podia viver daquilo.
Minutos depois a roupa estava no chão. Os gemidos ecoavam por aquele compartimento da casa, em uníssono. Decidira ser aventureira, e os resultados, a adrenalina, não podiam ser melhores. Porquê despertar tão tarde? Porquê desperdiçar a vida?
Fui levada, assim como ele, pelo prazer até á exaustão. Nenhum dos nós se mexeu mais, ficando lado a lado. Facilmente adormecemos, embora o meu coração batesse fortemente, parecendo querer sair do meu peito a todo o custo. Não sabia se ele iria sair dali de manhã. Não sabia se alguma vez o voltaria a ver se ele o fizesse.
E porque motivo me preocupava tanto com isso? Porque me dava apertos no estômago pensar sequer nessa hipótese?
Eu sabia a resposta. Apenas decidira ignorá-la. Não era pessoa idiota o suficiente para acreditar em amor, quanto mais para acreditar em amor á primeira vista. Atracção, claro que existia. Podia até acreditar em paixão fervorosa, aquela que nos leva a fazer loucuras e a que o ser humano mais procura. Mas amor não. Amor era uma ideia que as pessoas tinham, algo que nunca iria existir, algo sobrestimado.
No entanto, ali estava eu, com medo de fechar definitivamente os olhos e quando os voltasse a abrir, não encontrar mais o meu parceiro de aventuras ao meu lado. Apenas sabia o seu nome. E claro que para ele isso tinha bastado.
Não sabia sequer se tinha sonhado todas estas questões e pensamentos. Talvez até tivesse sonhado a noite. Abri os olhos com os raios de sol a invadir o quarto pela brecha de cortinas abertas que se encontrava ao meu lado esquerdo. Sorri.
Era inevitável fazê-lo mesmo sem saber o que viria a seguir. Seria choro? Seria alegria? Seria algo inesperado? Ninguém sabia. Só Deus. Só o destino.
Tapei-me melhor com os lençóis e olhei para o meu lado. Olhei bem, e voltei a olhar, e quando olhei uma terceira vez, vi....
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The end.
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