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Assunto: Já me convidas-te para dançar? (texto) Seg Jan 19, 2009 5:40 pm
Oasis - Cigarettes & Alchool
Ainda não era meia-noite e um terço dos finalistas já estão arrumados, outro terço nem sequer tocou na sangria. Eu faço parte do terço intermédio, ou seja, ainda me aguento em pé sem vacilar mas não me consigo lembrar do que tem ocorrido nestas últimas horas. Alias, tenho flashes com imagens minhas a arranjar-me, a entrar num táxi, a ir buscar uma rapariga a casa… - Rapariga? Por favor, não podes estar assim tão mal! A miúda é o teu par! – ir buscar o meu par a casa, chegar a uma festa, de comer muito, beber ainda mais… mas nada de concreto. Começa a tocar uma música bastante foleira, eu olho em meu redor e tento encontrar o meu par em vão: não a vejo. Não está a dançar com ninguém, não estava na casa de banho nem na cozinha, ou ate mesmo na varanda ou no jardim do recinto a apanhar ar. Eu sabia exactamente onde é que ela se tinha metido, tinha-a ensinado bem, só precisava de encontrar a porta certa. Depois de uma busca que meteu muitas dispensas e arrecadações, giro a maçaneta das poucas portas que me faltavam revistar e, numa divisão mínima com uma luz fraquíssima encontro-a, sentada numa pequena mesa de madeira, no meio do espaço, com uma cerveja na mão e a despentear o seu cabelo. - Então miúda, já vais a meio da festa e não me dizias nada? - A meio? A festa só agora é que vai começar – sorriu e atirou-me uma garrafa. Entro e tranco a porta, quase tropecei nos sapatos dela. Sento-me ao seu lado, tiro a carica da garrafa e começo aquilo que melhor sei fazer: meia grade… uma grade… uma grade e meia… duas grades e um terço… estava praticamente a morrer, eu e a minha companheira que já só dizia que para o ano voltaria a ir a uma festa destas. - Pedro, onde estamos? - Num baile? - Já me convidas-te para dançar? - Ainda vamos a tempo – levantei-me e peguei-lhe na mão para me seguir, encostei a mesa onde estávamos a um canto perto da parede e empurrei as grades cheias de garrafas vazias para outro. Depois de várias tentativas falhadas de dançar o tango num espaço com 4 metros quadrados, ela rodeou o meu pescoço com os seus braços e encostou a sua cabeça ao meu ombro; eu agarrei-a e as minhas mãos deslizaram das suas costas até à sua cintura: ali estávamos nós, envolvidos naquele abraço, lentamente ás voltas pela pequena dispensa. Eu tinha consciência de que já estava muito bêbado, quer dizer, consciência não sei se tinha, mas que estava muito bêbado, isso estava: os litros de álcool contidos no meu organismo misturado com o perfume que sentia vindo do pescoço dela provocava uma sensação para além do afrodisíaco, despertando o meu instinto animal e precisei de provar o sabor dela. Enquanto cravava os meus dentes na pele do seu ombro ela massajava-me a nuca e eu atrevi-me a trepar seguindo aquele aroma sedutor. À medida que a fragrância se intensificava e as voltas em torno de mim mesmo se repetiam comecei a sentir-me tonto e cambaleei até à mesa onde me sentei, arrastando-a sempre comigo. O meu desejo era mais que óbvio, mas receava a reacção dela ao meu próximo movimento. Olhei-a nos olhos: já estavam vermelhos e esbugalhados e sem o seu brilho natural. Ela tirou-me o chapéu atirando-o para o ar, puxou-me pela gravata e beijou-me. A partir daí, todo o meu lado sensível fugiu para bem longe daquele pequeno espaço. Enrolados naquele beijo fogoso, começou por me tirar o casaco, e depois empurrou-me para trás, deitando-me na mesa: não resisti. Senti os seus joelhos prenderem a minha anca, a sua mão a passar por todas as imperfeições do meu rosto e os nossos lábios tocaram-se mais uma vez: provar a sua boca era como descobrir uma nova cultura que misturava o sabor doce dos seus lábios com o aroma ardente e condimentado da sua língua. Saboreava eu aquela refeição quando fiquei sem gravata e a camisa começou a ser desabotoada e desentalada das calças de ganga: se soubesse que o domínio dela era tão excitante já a tinha levado a minha casa mais vezes. Quando as nossas bocas finalmente se separaram, arqueei as costas para ela me conseguir tirar a camisa e após esse momento foi descendo, mordiscou-me as orelhas, mordeu-me o pescoço, beijou-me o peito, acariciou-me o corpo e chegou à minha braguilha. Tentou tirar-me o cinto com os dentes olhando-me nos olhos e eu quase que juro que aquela foi, sem qualquer tipo de dúvida, a imagem mais sensual dela daquela noite. Depois desapertou o botão das calças e estava prestes a abrir o fecho… - Tem calma Pedrinho. - Não achas que estou em desvantagem? – perguntei-lhe. Sorriu, levantou-se e nem sequer esperei que ela se recompusesse para a atacar. Agarrei-a com a pouca força que me restava, desatei-lhe o laço que tinha na cintura e desapertei-lhe o fecho do vestido às apalpadelas, naquela altura já as minhas calças tinham escorregado pelas minhas pernas abaixo, assim como a roupa dela. Encurralei-a entre mim e uma das paredes, encostei a minha testa à dela e sentimos a respiração ofegante do outro: ambos ansiosos por prazer. Agarrou-me pelo pescoço mais uma vez dando-me a oportunidade de provar novamente o delicioso manjar que se servia na sua boca. A meio daquele beijo deitamo-nos no chão, por cima da nossa vestimenta de gala. Enquanto me movimentava por cima dela e ela me beijava o queixo ou fincava os seus dedos nas minhas costas como sinonimo de que estava a fazer um bom trabalho lembro-me de quão bom aliado pode ser o excesso de álcool.
Carolz So Random
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Assunto: Re: Já me convidas-te para dançar? (texto) Ter Jan 20, 2009 1:32 am